Como Descobri que Criatividade Sem Execução Não Vale Nada e como estou desbloqueando a minha criatividade

Quando eu era criança, uma tia minha costumava dizer: “De duas uma, ou você vai ser advogado… ou palhaço.”

Olha, na época, não entendi muito bem o que ela queria dizer com advogado… Talvez algo sobre argumentar, resolver problemas? Sei lá. Agora, palhaço? Isso eu entendi. Acho que ela estava falando sobre ser criativo, ser artista.

Bom, deixa eu trazer essa conversa para o presente. Hoje eu sou bibliotecário, e a biblioteconomia evoluiu muito para além de organizar livros – estou à frente de uma comunidade de aprendizado em literatura, ciência, tecnologia e inovação na educação.

O que isso significa na prática? Significa usar ferramentas que vão do xadrez à robótica, passando pelas artes, literatura e até inteligência artificial, para criar ações e espaços onde as pessoas e organizações aprendem juntas e desenvolvem seu potencial.

E quer saber de uma coisa? Estar no centro disso tudo me fez perceber que criatividade não é só ter ideias. É trazer essas ideias para o mundo e colocá-las em prática.

Se você chegou aqui, talvez, sente que tem um ‘bloqueio criativo’, deixa eu ser bem sincero: eu não sei o que isso é.

Na verdade, o meu problema era o oposto. Eu tinha ideias demais! Planos, projetos… Minha mente não parava de inventar.

E aí eu comecei a me perguntar: será que isso realmente é ser criativo? Ou será que criatividade de verdade é executar? É materializar essas ideias?

Foi com essa dúvida que eu decidi embarcar no programa do livro O Caminho do Artista, da Julia Cameron.

Mas, como eu sei que minha maior dificuldade está na execução, fazer acontecer, resolvi fazer de uma forma diferente. Criativa!

Combinei o método do O Caminho do Artista com o método de alta produtividade do livro Um Ano em 12 Semanas. Ou seja, unir criatividade e execução.


O que é um ano em 12 semanas?

O livro Um Ano em 12 Semanas de Brian Moran tem um foco bem grande na produtividade. Ele se propõe a ser um método de EXECUÇÃO e alcance de objetivos em um curto espaço de tempo, condensando em apenas 12 semanas o que se faria em 12 meses (um ano).

Você pode estar se perguntando: mas, isso não é o mesmo que UM TRIMESTRE?

Não, pois a intenção do método é que eliminemos o pensamento de que há muito tempo de sobra para executar as tarefas. Criar um senso de urgência!

O método integra cinco disciplinas essenciais que, quando interligadas, promovem um avanço consistente em direção ao sucesso.

perspectiva clara e atraente estabelece uma visão alinhada entre o profissional e o pessoal, enquanto um planejamento eficiente foca nas ações prioritárias necessárias para alcançar essa visão.

controle dos processos assegura que as atividades diárias estejam conectadas às metas estratégicas, e o acompanhamento fornece feedback crucial para ajustes e tomadas de decisão.

Por fim, o uso do tempo com intenções claras é fundamental, pois sem controle sobre o tempo, não há controle sobre os resultados.

A ausência de qualquer uma dessas disciplinas compromete a eficácia do método, resultando em uma vida vivida ao acaso, sonhos impossíveis ou frustrações.

Como exemplo de ferramenta para maximizar a produtividade e a execução das nossas ideias, o livro nos apresenta a estratégia dos Blocos de Tempo Estratégicos, que são períodos ininterruptos de três horas, planejados semanalmente para se concentrar nas atividades que geram resultados significativos.

Durante esses blocos, a ideia é eliminar qualquer tipo de distração – nada de atender telefonemas, responder e-mails ou ser interrompido por mensagens. O foco total deve estar nas tarefas de maior impacto, permitindo que toda a nossa energia e criatividade sejam direcionadas para aquilo que realmente importa.

Para a maioria das pessoas, um único bloco por semana é mais do que suficiente para produzir trabalho de alta qualidade e avançar de maneira significativa em seus projetos.

Além dos Blocos de Tempos Estratégicos, o livro também sugere os Blocos de Tempo de Reserva, que são momentos dedicados às atividades não planejadas, como e-mails e mensagens.

Ao reservar um tempo específico para lidar com essas pequenas tarefas, conseguimos evitar que elas interrompam nosso fluxo de trabalho, permitindo que o restante do dia seja mais focado e produtivo. Esses blocos podem ser mais curtos – geralmente entre 30 minutos e uma hora – mas ajudam a organizar melhor a agenda, mantendo as distrações sob controle.

Por último, os Blocos de Tempo de Fuga são igualmente essenciais para manter a produtividade a longo prazo. Esses períodos, que devem durar pelo menos três horas, são destinados a atividades não relacionadas ao trabalho, como lazer ou hobbies.

Eles são fundamentais para recarregar as energias e evitar a exaustão. Ao tirar esse tempo para nós mesmos, conseguimos voltar ao trabalho com mais foco, criatividade e entusiasmo, prontos para avançar ainda mais nos nossos projetos.

Esses blocos de fuga não são um luxo, mas uma necessidade para quem quer criar de forma contínua e sustentável.

Bloco de Tempo de Fuga e o Encontro com o Artista

O conceito de Bloco de Tempo de Fuga, conforme descrito em no livro Um Ano em 12 Semanas, ganha uma dimensão ainda mais profunda quando analisado à luz do trabalho de Julia Cameron em O Caminho do Artista.

Cameron, em sua abordagem sobre a criatividade, defende que a desconexão temporária do ambiente de trabalho e das responsabilidades diárias é essencial para a renovação da nossa energia criativa.

Para ela, é nesses momentos de “fuga” – em que nos afastamos do trabalho e nos entregamos a atividades prazerosas e relaxantes – que nossa mente encontra espaço para se expandir e gerar novas ideias.

O Bloco de Tempo de Fuga, que deve durar pelo menos três horas e ser dedicado a atividades não relacionadas ao trabalho, se conecta diretamente a esse princípio.

Quando praticamos essas pausas, não apenas recarregamos as energias, mas também permitimos que nossa criatividade floresça sem as pressões da produtividade.

Cameron chama esse processo de “encontro com o artista”, onde nos damos permissão para nos reconectar com a parte criativa de nós mesmos, sem a cobrança de resultados imediatos ou de realizações.

Ao nos afastarmos das demandas cotidianas, nossas mentes ganham liberdade para explorar novas possibilidades, e é aí que a verdadeira criatividade acontece.

Assim, o Bloco de Tempo de Fuga não é apenas uma pausa necessária para evitar o burnout ou a exaustão, mas uma prática intencional para nutrir e expandir nossa capacidade criativa.

Quando combinamos esse conceito com a estrutura de Blocos de Tempo Estratégicos e Blocos de Tempo de Reserva, criamos um ciclo equilibrado onde a criatividade e a execução podem se complementar de forma eficaz.

No final, é nesse equilíbrio (ou desequilíbrio) entre ação e pausa que conseguimos não só gerar, mas também concretizar nossas ideias mais inovadoras.

Talvez eu seja um advogado palhaço ou palhaço advogado

Então, talvez minha tia estivesse certa desde o começo. O palhaço é a criatividade – aquela energia vibrante, colorida, cheia de ideias que quer transformar o mundo com imaginação. Já o advogado, com sua lógica, estratégia e foco em resultados, representa a execução – a parte prática, disciplinada, que transforma ideias em realidade.

Public Domain

E sabe o que eu percebi? Que pra ser criador de verdade, a gente precisa dos dois. Não dá pra ser só palhaço, deixando as ideias soltas no ar. E também não dá pra ser só advogado, correndo atrás sem inspiração.

Criatividade é o equilíbrio (ou, mais uma vez, o desequilíbrio) entre essas forças. É ser o canal que conecta a imaginação à ação.

A metáfora do palhaço e do advogado vai muito além de profissões distintas. Eles representam dois aspectos fundamentais de qualquer processo criativo: a imaginação sem limites e a execução estratégica. Ambos são indispensáveis, mas em muitos casos, as pessoas tendem a inclinar-se apenas para um lado, negligenciando o outro.

O Palhaço: A Criatividade Pura

O palhaço é o arquétipo da liberdade criativa. Ele é espontâneo, brinca com possibilidades e não tem medo de parecer ridículo. Sua força está na capacidade de explorar o inesperado, encontrar novas perspectivas e enxergar o mundo com olhos curiosos.

Porém, o palhaço tem uma limitação: ele não tem estrutura. Ele pula de ideia em ideia, improvisa, mas raramente transforma suas inspirações em algo concreto.

O Advogado: A Execução Estratégica

O advogado, por outro lado, é o arquétipo da estrutura, da análise e da lógica. Ele pega as ideias malucas do palhaço e pensa: “Como isso pode funcionar na prática? Quais são os passos necessários para transformar isso em algo real?”

A força do advogado está na capacidade de priorizar, planejar e executar. Mas, sem o palhaço, ele corre o risco de ser apenas funcional, sem criatividade ou inovação.

O Conflito: Quando apenas um Lado Domina

O problema surge quando damos ouvidos apenas a um dos lados:

Se você é só palhaço, tem mil ideias, mas nada sai do papel. É frustrante, porque você sente que está sempre começando e nunca terminando.

Se você é só advogado, pode ser extremamente eficiente, mas falta brilho, inovação e paixão nas coisas que faz.

O Palhaço, o Advogado e o Segredo da Inovação

Se você é só palhaço, tem ideias incríveis, mas nada sai do papel. É como viver em um eterno ‘e se?’. Se você é só advogado, pode ser eficiente, mas falta brilho, paixão, inovação.

Mas quando o palhaço e o advogado se unem, algo extraordinário acontece: você não apenas tem ideias criativas, mas também as estrutura para torná-las realidade.

Na minha opinião, essa união é a essência da inovação – o ponto em que imaginação e execução se encontram para criar algo novo e impactante.

A verdadeira inovação surge quando unimos o melhor das habilidades do palhaço e do advogado, duas figuras que, apesar de aparentarem contraste, compartilham competências essenciais: ambos precisam de empatia para compreender e se conectar com o outro, criatividade para interpretar situações de maneira única, e a habilidade de comunicar de forma impactante – seja para emocionar uma plateia ou convencer um júri.

Assim, somamos a ousadia do palhaço, que explora possibilidades sem medo de errar e vê soluções improváveis, com a precisão do advogado, que estrutura ideias, planeja cada passo e concretiza visões.

Nesse equilíbrio, onde a imaginação se encontra com a execução, é que nasce a verdadeira inovação.

Então, eu te pergunto: você é mais palhaço ou advogado? Ou será que, assim como eu, você está descobrindo que pode ser os dois?

Deixa aqui nos comentários e vamos continuar essa conversa. Ah, e não esqueça de se inscrever no canal pra acompanhar minha jornada de transformar ideias em ação – com um pouco de palhaço, um pouco de advogado, e 100% criador.”

“🎨 Crie. ⚡️ Execute. 🚀 Transforme ideias em ação!”

GAMBATÊ!

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